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Mostrando postagens de setembro, 2022

FIGURINHAS REPETIDAS

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  No meu entender, o mais lúcido pensador destes vinte primeiros anos do século XXI é Yusval Noah Harari, historiador e professor da Universidade de Jerusalém, autor da trilogia Sapiens-Uma breve história da humanidade, Homo Deus e 21 lições para o século 21 . Sua visão do futuro da humanidade assente nas mais modernas teorias e pesquisas científicas nos fazem ver as possibilidades e os riscos do porvir da vida e da sociedade neste ameaçado planeta. Harari não é só cultura e erudição, ele traz também a clareza do escritor de vocação e a preocupação do humanista desligado de preconceitos, mesmo religiosos, apesar de suas origens judaicas. Não sei se um tanto desanimado com as gerações atuais, o desafiante intelectual israelense iniciou a publicação de uma tetralogia, de seu pensamento, para crianças, baseado na sua crença de que o mundo só será alterado e salvo se a infância atual começar a perceber os novos conceitos e se posicionar de acordo com eles. Além da história da evoluçã

TODO DIA, EPOCLER

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  “Epocler” na camisa dos jogadores do Corinthians na semifinal de quinta-feira me chamou a atenção. De pronto, não entendi do que se tratava. Pelo final do primeiro tempo, lembrei: Epocler, era o nome do protetor hepático que meu amigo Bizuca tomava todas as vezes em que saíamos para beber! Seria a mesma coisa? Minha lembrança reportava-se há mais de 60 anos... A sonoridade da palavra reverberou no meu cérebro e mexeu com minhas recordações. No intervalo, fui ao google. O Epocler corintiano era o mesmo da minha memória! Ligações neurais se fizeram e retornei ao Epocler menos objeto de marketing, mas usado com a mesma finalidade. Registre-se que são poucos os medicamentos com vida tão longa no mercado. Epocler é a fagulha para iniciar esta crônica, por me estar forçando a lembrar de fatos, locais e amigos-personagens que o desenrolar da vida afastou, alguns definitivamente, como é o caso de Bizuca, Luiz Roberto Bozzano de Bragança, que nome! Que, ainda bebê, sua irmã mais velha c

SOBRE O BICENTENÁRIO

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  Cabem algumas observações sobre a Independência do Brasil, nesta semana em que se comemorou o bicentenário do fato histórico, cujos precedentes e consequências geraram estudos, teses e discussões que continuam a influenciar nosso cenário político, haja vista as formidáveis concentrações populares por todo o País, reunindo milhões de brasileiros nas maiores cidades do país para festejarem pacificamente o evento, além de usá-lo como prova explícita do patriotismo do nosso povo. Se há uma personagem ausente das homenagens que se fazem aos precursores do nosso desligamento de Portugal, ela é Napoleão Bonaparte. Sua participação, é verdade, foi involuntária, mas ao determinar que seu exército invadisse o reino de Portugal, com a consequente fuga da corte para o Brasil, o jogo mudou a nosso favor. O Brasil, a partir de 1808, deixou rapidamente de ser apenas um explorado território fornecedor de matérias primas e riquezas para a metrópole colonial e passou a sediar a cabeça do império

O CANDIDATO E AS MULHERES

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  A poucos dias do primeiro turno das eleições, assisto, entre curioso e divertido, o esforço de um dos candidatos para conquistar parte expressiva do eleitorado feminino, que pelo que se entende das pesquisas, não lhe é muito sensível. Essa é a parcela que falta para tornar o pleito mais emocionante. Os adversários tentam apresentar o concorrente como um incorrigível misógino e trazem com grande recorrência episódios em que nosso personagem não teria usado da adequada delicadeza ao lidar com as representantes do chamado sexo frágil. A bem da verdade, o estilo rude, direto, tantas vezes mal-educado não é reservado com exclusividade a senhoras e senhoritas, é um estilo, para alguns inoportuno, do presidente. Com homens e mulheres, Sua Excelência é do mesmo jeito. Nem defeito nem virtude, uma característica. A seu favor, devo dizer que os destemperos - nunca ouvi dizer - tenham ido além do palavrório que o tem prejudicado na campanha eleitoral em curso. Esta não é uma crônica pol