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Mostrando postagens de maio, 2021

MOREIRA CÉSAR, CEP 24230-064

 Por Danilo Sili Borges Fui e continuo sendo admirador do ator Paulo Gustavo. Acompanhei, como a grande maioria dos brasileiros, os longos dias do seu sofrimento, torcendo pela sua recuperação, o que parecia possível devido a sua juventude e à saúde em bom estado antes do contágio. O ator prestava inestimável serviço aos brasileiros ao levar, com seu humorismo, lenitivo tão necessário em tempos bicudos como os que estamos atravessando desde muito antes do surgimento da pandemia. Niterói deveria mesmo, como está fazendo, prestar a seu filho de imagem popular positiva relevante e imorredoura homenagem. Não tive a sorte de nascer em Niterói, mas fui levado para aquela cidade usando fraldas e dali saí com profissão definida, família constituída, e carregando na bagagem emocional os “milhões de amigos” do Roberto Carlos, outro que tem parte de sua história naquelas plagas, para a grande aventura de Brasília. A parte fluminense da minha vida, passei-a quase toda em Icaraí, nas imediaçõ

O HERÓI BRASILEIRO

  Por Danilo Sili Borges Assisti e recomendo que assistam o documentário “PELÉ”, produzido pela Netflix. O registro da vida do maior ídolo do futebol será de importância para as novas gerações, se estas forem capazes de situá-lo no contexto do Brasil daquela época. Começamos a ser poucos os que tivemos o privilégio de viver o tempo de Pelé, da Bossa Nova, de Juscelino e da saga da arrancada para o oeste. É importante que a crença que incendiou esta terra, que nos dava a certeza da nossa capacidade de enfrentar e vencer desafios, não se apague de todo. Ainda existem focos não eliminados das chamas do sadio amor à pátria a espera do sopro de virtudes após tanto tempo do constante vilipêndio dos autoritários, dos incompetentes e dos mal-intencionados. O documentário mostra um rei digno, como sempre autêntico, firme em suas opiniões, lúcido em suas lembranças, honesto e emocionado, indo muitas vezes às lágrimas e nos levando junto com ele. Pelé não se pinta de perfeito, mas se mostra c

ELEIÇÕES E JUSTIÇA PRÊT-À-PORTER

Por Danilo Sili Borges É fora de dúvidas que o sistema eleitoral brasileiro é vencedor. Eleições a cada dois anos, cobrindo um território com mais de 8 milhões de quilômetros quadrados, retalhado em 5568 municípios, com centenas de milhares de zonas eleitorais, com 147 milhões de eleitores são motivo de orgulho para todos nós, principalmente quando comparamos os resultados quase imediatos das nossas eleições com os de outros países, até possuidores de condições materiais mais favorecidas que as nossas. Se o sistema é, por um lado, digno de aplausos, e temos que convir com a argumentação dos que são contra a implantação do voto impresso, ao afirmarem que desde a implantação do voto digital, no início do século, não se pôde constatar qualquer desvio acidental ou provocado que interferisse em resultados. O Tribunal Superior Eleitoral tem promovido testes públicos de segurança das urnas e do sistema concentrador de dados com a participação de especialistas independentes e nunca foram r

QUESTÕES DE BOM SENSO

  Por Danilo Sili Borges Se for feita uma pesquisa, 100% dos entrevistados dirão que têm bom senso no cuidar de todas as questões que lhes cabem tratar, tanto no âmbito de suas atividades profissionais, quanto nas que se refiram às demais. Assim também é o cronista que assume posições frente a questões que brotam no cotidiano e que impactam a vida comunitária. A este cabe, no entanto, não apenas formar opiniões, mas embasá-las com lógica, para torná-las disponíveis à discussão, ao embate de ideias ao divulgá-las. Neste texto trato de duas questões que pipocaram com força na mídia nos últimos dias, uma em âmbito mundial – a sugestão do governo americano de quebrar as patentes das vacinas contra o vírus da Covid-19 e a outra, de consumo interno, as passeatas com expressivo número de participantes, pressionando pela ruptura do processo democrático existente no país. Vamos, por partes, e usando o bom senso, que achamos que temos, cuidar de cada uma. De repente, o governo americano di

ÓLEO DE PEROBA, REMÉDIO ANTIGO

Por Danilo Sili Borges Insisto neste espaço semanal em declarar minha ignorância nas formalidades das leis. Mas também a da minha sujeição em viver o pleno respeito à ética social, sem perder o direito e a capacidade de criticar as maracutaias, os cambalachos, os malfeitos, que me deram os longos anos nesta terra de “cruz-credo e deus-me-livre”. Comecei a cair na real aos 5 anos com Papai Noel e o Coelhinho. A cegonha, eu percebi, não trazia os bebês no dia do nascimento, eles ficavam guardados nas barrigas grandes das mamães. No início da vida adulta comecei a perceber que a política partidária e ideológica atrai (ou produz) pessoas pouco confiáveis. Não na totalidade, é claro. Ao longo de décadas fixei imagens e nomes de personalidades que, além de íntegras, foram produtivas, amantes da democracia e das liberdades. Não me custa mencionar as que de pronto me ocorrem: Juscelino, Afonso Arinos, San Tiago Dantas, Milton Campos. Todas de tempos há muito passados. A representação pol