NÓS, O ELEITO E O OUTRO
Épocas de transição são sempre preocupantes, representam, em qualquer assunto, algo parecido com um salto no escuro. Quando se trata da troca do presidente da República num país de regime presidencialista como o nosso, onde os poderes do Executivo são grandes e o acúmulo dessas funções com as de chefe de Estado conferem ao presidente poderes quase imperiais, é razoável que os cidadãos se preocupem sobre as visões político-ideológicas de cada postulante ao cargo, como também de suas qualidades humanas e sociais. Na votação do segundo turno que terá lugar em poucas horas, ambos são personalidades bem conhecidas do eleitorado. Lula foi presidente por dois mandatos, Bolsonaro é o atual presidente. Virtudes e limitações desses homens públicos foram expostas à exaustão na campanha eleitoral, até ultrapassando os limites do bom senso e do bom gosto. Arrisco-me a dizer que não há nada em suas vidas que não tenha vindo a público. Fake news se desfizeram nos prontos desmentidos comprovados