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Mostrando postagens de outubro, 2020

LIVES E VIDEOCONFERÊNCIAS

  Por Danilo Sili Borges As ferramentas estavam disponíveis para reuniões e palestras virtuais, mas tinham utilização discreta. Instituições de ensino ofereciam cursos a distância e o MEC tinha regulamentado o funcionamento dessa modalidade de ensino. Os menos afeitos a esses avanços achavam que isso estava ainda no terreno experimental, apesar de conhecerem alguém que eventualmente faz trabalho em casa pelo computador. Entendiam – principalmente os já aposentados, acostumados ao relógio de ponto e às rígidas rotinas – que a novidade era um privilégio, quase um prêmio, que teria voo curto, e pensavam consigo, ou no máximo cochichavam com a mulher “é por isso que o mundo está desse jeito”. “A dificuldade é que faz o sapo pular”. A pandemia que nos impôs o isolamento social tem apressado adaptações de rotinas e a utilização de tudo que seja possível para que continuemos a dar respostas às solicitações que nos chegam. A Tecnologia da Informação nos vai provendo de meios de comunicaç

OS ASSUNTOS DO DOMINGO

  Por Danilo Sili Borges Garimpar temas para a crônica dos domingos é coisa que desconheço, meu trabalho é selecionar entre os que se me vão acordando às madrugadas, aí pelas 4 horas e se oferecendo para minhas elucubrações, enquanto ainda no torpor da noite incompleta e solto da autocensura e dos limites do senso comum, o que me permite voos para ver, com poucas emoções, questões que me preocupam.   Ao longo do dia, se o tema persiste, é possível que daí surja a crônica. Nesta semana, foram muitas as ofertas recebidas e que dariam bons textos. Vou mostrar algumas. “Acabei com a Lavajato, no meu governo não tem corrupção”, talvez esse convencimento o tenha feito tornar impossível a permanência, no Ministério, de Sérgio Moro, especialista em combater bandidos de colarinhos de todas as cores e até daqueles que não usam gravata. E vi também, com poucas horas de diferença, no Dia da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora de Aparecida, manifestações a exortar o povo a impedir que a Lavajato

A CARTA DE FRANCISCO

  Por Danilo Sili Borges Esta semana recebi carta de Francisco. Há muito ele não escrevia. Apesar de longa, apressei-me logo a lê-la. Aprecio quando ele aborda os problemas humanos e sociais através da sua visão holística do mundo, assentada em sólida cultura e, apesar do seu trabalho, nada dogmática. Mas, o aspecto mais tocante presente em suas manifestações é o trato carinhoso com que ele brinda a todos indistintamente, isso é curioso vindo de um homem austero, de posições firmes, que sabe contraditar interesses e posições que entende como erradas. Gosto de receber cartas, algumas chegam em momentos especiais. Essa, de Francisco, veio revestida desse dom. Sou pessoa de alto astral, não me deixo abater com facilidade, tenho resistido, sem danos, aos 8 meses de “prisão domiciliar” sentenciada pelo vírus impiedoso com os velhos. – Tranquem-se ou morram. Tudo, no entanto, tem limites. Quando a imoralidade se tenta cobrir com o véu transparente e roto da hipocrisia, há ainda o ves

ELEIÇÔES E REFLEXÔES

  Por Danilo Sili Borges Com eleições a cada dois anos, estamos sempre em período pré-eleitoral. Discussões, reflexões e escolhas são práticas democráticas bem vindas, mas tudo quando é demais, até churrasco de picanha com cerveja gelada, tem limites. Mas não são dessas eleições gerais que quero falar. Na última quinta-feira, 1º de outubro, os engenheiros elegeram os presidentes dos seus conselhos regionais – um por estado e pelo DF e o presidente do conselho federal – CREAs e CONFEA, numa eleição nacional, por estado, e ao mesmo tempo geral para a presidência do Confea.   Voto no DF e minhas observações referem-se à experiência que tive e que imagino tenha sido similar nos demais estados. Vou começar pelos elogios. Nestes 56 anos de formado não me lembro de ter deixado de votar uma única vez. Tive preocupação com contaminação, pois sei que aos 80, com suas compatíveis morbidades, não haveria doutor para me segurar se o bichinho me pegasse. Fui e encontrei, para pessoas nas minha